Com a crise econômica, as modalidades de crédito mais utilizadas no país alcançaram números impraticáveis no último mês. Para os endividados, recorrer às instituições financeiras em busca de empréstimo para quitar dívidas é, definitivamente, o pior dos cenários.
Segundo relatório de setembro do Banco Central, o Juro de cheque especial atingiu 263,7% a.a, a maior taxa dos últimos 20 anos. De janeiro a setembro o crescimento foi de 62,7%, sendo que no comparativo com agosto, houve um aumento de 10,8%. Já no cartão de crédito, o juro chegou a impressionantes 414% a.a., a maior taxa desde 2011. Com a atual tarifa, a dívida chega a ficar cinco vezes maior que a original.
Com a tabela é possível ver que a alta dos juros faz com que dívidas inicialmente contornáveis possam tomar proporções incompatíveis com seu perfil financeiro, em um curto intervalo de tempo. Por exemplo: uma dívida atual de R$10 mil no cartão de crédito, caso o indivíduo esteja impossibilitado de arcar com a dívida, no período de um ano chegará em R$51.400.
Dica: Juros são o aluguel pelo empréstimo. Mesmo que você pague assiduamente o valor referente aos juros, sua dívida permanecerá intacta sem qualquer amortização. Portanto, é importante que você se programe para pagar os juros e quitar parte do saldo devedor.
O primeiro passo para reorganizar suas finanças: A melhor maneira de iniciar a quitação das dívidas é tirar um tempo para analisá-las. Saber o tempo corrido da dívida, a taxa de juros aplicada e o montante atual do déficit é fundamental. Uma boa dica para facilitar esse levantamento é fazer uso de uma calculadora de reestruturação de dívida. Com essa ferramenta é possível ter uma estimativa do seu saldo devedor e qual sua despesa mensal com os juros de cada uma das dívidas.
“Qual a melhor alternativa para quitar minhas dívidas?” – O maior problema de quem adquire uma dívida são os juros. Há quem esteja endividado com diversas fontes e há quem possua apenas uma dívida, para ambos os casos a alternativa mais adequada para quitação de débitos é trocar as dívidas caras por uma dívida barata. “O indivíduo que se encontra endividado precisa focar em encontrar uma alternativa a juros mais baixos. Essa ação, conhecida como reestruturação de dívida, torna-se ainda mais importante quando há um acúmulo de dívidas, já que concentrar todas em uma dívida só faz com que o gasto com juros seja exponencialmente menor”, recomenda o Mestre em Finanças e docente da FIPECAFI Rafael Sasso.
Há quem se assuste com a ideia de fazer mais uma dívida, mas a ideia é que esta última não seja mais uma e sim a única. Uma modalidade de crédito cada vez mais utilizada no país é o refinanciamento imobiliário. Através dessa modalidade de crédito é possível se livrar das altas taxas de juros visando a quitação de débitos antigos e o benefício de ainda ter algum dinheiro ao fim de cada mês. O refinanciamento funciona da seguinte maneira: o cliente coloca uma garantia concreta sobre o empréstimo – nesse caso, o imóvel. Tendo a garantia, as instituições financeiras correm menos risco de calote e isso se reflete na taxa cobrada pela liberação de crédito e na quantia ofertada. Através do refinanciamento, é possível levantar até 50% do valor do imóvel, com prazo para quitação de até 20 anos (empréstimos pessoais solicitam que a dívida esteja quitada em até 5 anos).
“Negociados os descontos, o devedor consegue reduzir as suas obrigações mensais ao concentrar as dívidas apenas na parcela destinada para liquidar o refinanciamento. Dá o fôlego necessário para a pessoa se recuperar e normalizar sua condição financeira”, afirma Sasso.
Há restrição no uso do capital levantado? – Não. Com o crédito com imóvel em garantia, é possível levantar capital para:
– quitação de dívidas: tanto para o endividado com diversas fontes quanto para os que possuem apenas uma dívida, a alternativa mais adequada para quitação de débito é trocar a(s) dívida(s) cara(s) por uma dívida barata. Com isso, o gasto com juros é exponencialmente menor
– investimento pessoal: realizar uma pós-graduação, um curso no exterior, a sonhada cirurgia plástica ou o casamento dos sonhos, não importa, o capital levantado pode ser utilizado da maneira que te convir
– investimento em um negócio: conseguir aporte pode ser uma tarefa difícil e sair em busca de um investidor acaba acarretando em uma sociedade muitas vezes incompatível com o negócio. O refinanciamento permite que você invista o capital no seu negócio, seja um empreendimento próprio ou uma franquia
– eventos marcantes: o casamento dos sonhos, a tão imaginada lua de mel, o ano sabático viajando pelo mundo, nada disso é inviável e você pode conseguir o dinheiro necessário para a concretização desses desejos a juros módicos
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