Imóveis podem ficar até R$ 40 mil mais caros até 2020

0
Vantagens exclusivas para corretores de imóveis na accounttech

Depois de um quadro de recessão nos últimos anos, 2018 começou com grandes expectativas de crescimento para o mercado imobiliário baiano. Após um ano à frente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), Cláudio Cunha foi eleito anteontem para comandar a entidade pelo próximo biênio. Determinado a aproveitar o momento de retomada do mercado, ele espera que o aumento dos negócios de imóveis será impulsionado pelo lançamento de sete mil novas unidades habitacionais no estado até o fim do ano, mas alerta que o m² pode ficar até 30% mais caro. Confira a entrevista concedida por ele ao CORREIO.

Ao assumir a presidência da Ademi no início do ano passado, qual o principal obstáculo que encontrou?
Um mercado inseguro e instável e um consumidor receoso. Mudar esse quadro foi o nosso primeiro desafio. Buscamos mostrar ao longo do ano a união dessa associação de classe, estreitamos o diálogo com o poder público e as entidades produtivas, através da formulação do PDDU e do Salvador 360, do fomento às ações de integração como a Semana da Sustentabilidade e o Prêmio Ademi, além de campanha junto a instituições sociais como as Obras Sociais Irmã Dulce.

Do ponto de vista comercial, qual foi a principal articulação da Ademi ao longo do último ano?
Buscamos fortalecer os eventos que aquecem as negociações no intuito de liquidar a nossa conta de encalhe, sobretudo com a Semana do M², no primeiro semestre, e com o Salão do Imóvel, no segundo. Em 2017, fechamos o ano com 3.130 unidades novas ainda disponíveis, o que é um avanço enorme, se comparado ao contingente de 17 mil unidades que tínhamos há cinco anos. E a tendência é que esse quadro de recuperação permaneça ao longo dos próximos meses e, depois das eleições, em outubro, o mercado deve deslanchar.

A Ademi estima o quanto o mercado vai crescer este ano? O m² voltará a ficar mais valorizado?
Estamos prevendo um avanço tímido, por enquanto, algo em torno de 7% ao fim dos 12 meses. Começamos o ano com o crédito mais acessível e a taxa de juros mais baixa, isso dá confiança ao investidor e também atrai o consumidor. Com os incentivos que estamos buscando junto ao poder público para que a construção volte a produzir, somado ao desabastecimento de unidades disponíveis, acredito que até final do ano a Bahia deve receber sete mil novas unidades. Em paralelo, entre 2018 e 2019, o m² deve experimentar um aumento de até 30%, isso em termos da linha de médio padrão. Isso significa que o imóvel deve ficar cerca de R$ 40 mil mais caro, por isso essa é a hora de aproveitar para comprar com os valores mais baixos.

Banner com informações sobre resgate de presentes e publicidade imobiliária

Há quem aposte no fim dos grandes condomínios ao fim das unidades que estão encalhadas, você concorda?
Acredito que há público para todos os tipos de empreendimento e é por isso que já começamos a dialogar sobre a possibilidade de empreendimentos mais segmentados, para contemplar as novas formações familiares, a população que está vivendo mais e por isso precisa de mais comodidade, e mesmo tipos de construções que são voltadas diretamente para quem só busca investir. É uma nova proposta com empreendimentos tematizados, mas que mostra às empresas do mercado, que é preciso capacitar, qualificar e entender o que o consumidor está demandando para movimentar o mercado.

Fonte: Correio 24 Horas

Deixe seu comentário