No final de dezembro de 2012, desenvolvemos aqui em nosso blog uma análise sobre o que esperar do mercado imobiliário em 2013. Passado um pouco mais de um mês do início deste ano, e já com algumas alterações no cenário nacional, podemos ver na prática que as expectativas anunciadas naquele post começam a ser sentidas pelo mercado.
Diante disso, novos elementos precisam ser inseridos nesta análise que nos leva a refletir sobre como aproveitar melhor as oportunidades que o mercado tem a nos oferecer neste novo ano. Portanto, compartilho com você algumas avaliações e o convido a imergir neste mercado que está em constante transformação e evolução.
Classe média em alta no mercado imobiliário
O governo federal, já no início deste ano, se movimentou e anunciou a redução das taxas de juros para os imóveis financiados com valor acima de R$ 500 mil, fora, portanto, do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Além disso, o governo avalia aumentar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que o trabalhador pode comprar com o seu saldo do FGTS.
Diante destas medidas percebemos que a classe média brasileira volta a sonhar com a casa própria. A valorização dos imóveis e a pouca oferta de condições diferenciadas para aquisição de imóveis por famílias de alta renda fizeram com que esta parte da população pagasse um preço mais caro.
Contudo, esta nova iniciativa do governo tende a gerar um maior equilíbrio entre as áreas de atuação do mercado imobiliário, contribuindo também para a expansão do segmento de luxo.
Fundos imobiliários batem recorde
Os investimentos em fundos imobiliários bateram recorde de volume financeiro médio. No mês de janeiro, este tipo de investimento teve o maior rendimento da história com R$ 26,95 milhões negociados, segundo estudo da Economatica que acompanha os fundos imobiliários negociados na Bovespa.
Podemos destacar que um dos fatores que têm contribuído para estes números é o fato destas aplicações serem isentas de imposto de renda quando feitas por pessoas físicas. Com a baixa taxa de juros, os fundos passaram a ter uma rentabilidade bastante atraente.
Tecnologia mobile em expansão
As novas tecnologias continuarão a impulsionar o setor, sobretudo, o sistema de comunicação móvel. Hoje é cada vez mais comum o acesso à internet via mobile, ou seja, pelos celulares e tablets. Este é um recurso que tem forte impacto na vida das pessoas das mais diferentes classes. Entender isto é saber se comunicar melhor com o cliente, é estar onde ele está.
O Google, em parceria com a Ipsos fez uma pesquisa bem vasta sobre o mercado mobile no Brasil, e publicou seus resultados. Vale dar uma olhada para se impressionar com alguns números [link direto para arquivo PDF].
Dessa forma, a empresa que não se adaptar a esta realidade perderá espaço no mercado. Há que se atentar, especialmente, para a otimização dos portais e sites imobiliários para visualização nos celulares e tablets.
Empreendimentos com ofertas de serviço
Uma forte tendência para o mercado será o surgimento de empreendimentos com ofertas de diferentes serviços visando mais comodidade aos moradores como manobrista, serviço de arrumação dos apartamentos, entre outros que apresentam características bem similares a uma estadia em um hotel.
Esta é uma realidade que vai ao encontro das atuais necessidades dos clientes que necessitam otimizar o tempo, que está mais escasso, e prova que o mercado caminha para um crescimento embasado por um planejamento e por pesquisas relacionadas ao comportamento do consumidor.
Investimento de capital estrangeiro
O PIB do setor imobiliário superou a marca de R$ 170 bilhões por ano e pode chegar, em menos de uma década, a R$ 270 bilhões, de acordo com um estudo divulgado no segundo semestre de 2012 pela Ernst & Young Terco. Neste montante, há um dado importante a ser analisado: cerca de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões são provenientes do capital estrangeiro.
O valor registrado em 2012 é recorde, mas ainda é pequeno se comparado ao alto déficit habitacional acumulado em nosso país em função da necessidade de
renovação dos imóveis, do próprio crescimento da população e da diminuição do número de pessoas por moradia.
Dessa forma, podemos entender o investimento estrangeiro como uma oportunidade para maior alavancagem do setor imobiliário que ainda tem muito campo para crescimento.
Capacitação da construção civil
A construção civil é um dos grandes vetores de crescimento do mercado devido à importância de sua cadeia produtiva ser bastante extensa. Para acompanhar estas evoluções do setor é fundamental que as construtoras passem a investir mais em mão de obra qualificada para garantir um desenvolvimento sustentável do mercado imobiliário.
Regulamentação dos aluguéis built to suit
Outra novidade que promete movimentar o mercado decorre da regulamentação da modalidade de locação comercial built to suit, expressão inglesa que significa construída para atender. Nesta modalidade, o locador do imóvel constrói ou reforma o prédio de acordo com as exigências do locatário.
A sanção da Lei 12.744, que regulamenta este tipo de locação, oferece maior segurança para proprietários e inquilinos, impulsionando o crescimento da modalidade no mercado.
Estas são algumas das tendências para 2013 às quais devemos estar atentos.
Diante delas é fundamental que os profissionais do setor estejam aptos a acompanhar a dinâmica e as atualizações constantes do segmento a fim de que saibam interpretar estes cenários e assim atuar de forma mais assertiva melhorando os seus resultados.
Por: Guilherme Machado
Guilherme Machado: Consultor, Coach e Palestrante. Expertise no desenvolvimento de equipes comerciais com foco em resultado
Fonte: www.guilhermemachado.com
Muito bacana seu trabalho, que Deus sempre esteja contigo e sua família…
Abraços Juliano Matias
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