Professora queria visitar imóvel, mas foi maltratada por suposta corretora de imóveis
Uma professora de Campo Grande passou por uma situação cômica, se não fosse trágica, ao tentar visitar um imóvel que foi colocado à venda pelo Facebook. Ao entrar em contato com a suposta corretora de imóveis, foi informada que deveria ter o cadastro “aprovado” para visitação, que não poderia ter o nome negativado e que R$ 10 mil de entrada “não era nem dinheiro”.
Tudo começou quando a moradora do Bairro Serradinho viu o anúncio da venda, através da rede social, e se interessou pelo imóvel localizado na Vila Nasser. ” A casa parecia boa e eu queria conhecer. Caso me agradasse, aí sim, gostaria que me informassem como funcionava o parcelamento.”
O anúncio trazia supostas fotos da residência com a propaganda de “parcela acessíveis e entrada de R$ 10 mil”. A professora gostou da proposta e entrou em contato com o perfil para fazer uma visita ao imóvel e foi então que começou todo o constrangimento.
Ao ser questionada se poderia marcar um dia para visitação, a suposta corretora informou que as visitas eram somente “mediante a aprovação”. Sem entender o motivo para tal exigência, a professora explicou que somente queria ver a casa para saber se realmente teria interesse em comprar.
Neste momento, a suposta vendedora foi curta e grossa: “Caso a senhora queira comprar é R$ 250 mil à vista. Não compensa disponibilizar uma equipe somente para a senhora ver a casa. As vezes o cliente tem nome sujo, não paga nem a conta do cartão, não tem entrada e muito menos à vista”.
Constrangida com a situação, a mulher tentou tranquilizar a suposta corretora e explicou que não tinha o nome sujo e tinha emprego estável pois era concursada. Porém, a resposta continuou sendo inacreditável:
“Primeiro que concursada ou não é um emprego normal. Isso não torna a senhora especial. Segundo que tenho muitos clientes que compram a vista e terceiro que quem decide quem atende ou não sou eu. Não uma cliente concursada com R$ 10 mil de entrada. Vamos combinar, R$ 10 mil não é nem dinheiro”.
Como o anúncio ofertava o imóvel com a entrada de R$ 10 mil, a compradora ainda insistiu e disse que aquele era o valor que estava na divulgação das fotos. Sem ter o que falar e com deboche, a suposta corretora afirmou que a mulher “estava com tempo ocioso” e perguntou se ela queria um emprego.
A forma como a funcionária pública foi tratada chamou a atenção dos membros no grupo do Facebook Aonde Não Ir em Campo Grande. Após a divulgação da conversa, os internautas chegaram a desconfiar de um golpe e alguns afirmaram que o perfil da corretora era, na verdade, um fake.
“Jamais passei por isso. Sempre fui educada com qualquer pessoa que converse comigo. Me senti constrangida. Quando eu disse ser concursada, jamais quis ter um tratamento diferenciado, só queria que ela ficasse tranquila em relação a minha renda. Em nenhum momento fui grossa”, lamentou a compradora.
Fonte: Mídia Max