Processo total de fechamento de um negócio de compra de imóvel pela Credihome dura entre oito e dez dias; nos bancões, a média é 45 dias
Com juros em queda desde o início do ano, o custo do crédito imobiliário no Brasil atingiu níveis praticamente inéditos de competitividade entre os grandes bancos. Cercadas pela guerra de preços, estreantes nesse mercado apostam em outro diferencial para se tornar opção na realização do sonho da casa própria. No caso da Credihome, o ponto-chave é a velocidade.
Em taxas de financiamento, a startup, que também fornece soluções como comparador de produtos de crédito imobiliário e home equity, afirma estar em linha com a média do mercado. Enquanto os maiores players trazem CET (custo efetivo total, cálculo que considera todos os gastos do cliente com o financiamento) de aproximadamente 9% ao ano, a Credihome diz que seu produto tem taxas entre 10% e 12%, dependendo do perfil do cliente.
Mesmo assim, seu fundador e CEO, Bruno Gama, está convicto que seu produto terá espaço no promissor mercado imobiliário brasileiro oferecendo, acima de preço, tecnologia. “A gente se posiciona como um player de velocidade”, diz Gama. “Temos muita prestação de serviço, muita tecnologia e achamos que tem muita oportunidade no mercado imobiliário”.
Desde outubro, a startup entregou algo em torno de 150 cartas de crédito dessa modalidade de forma totalmente online e instantânea, utilizando inteligência artificial. Com isso, o processo total de fechamento de um negócio de compra de imóvel pela Credihome dura entre oito e dez dias. Para efeito de comparação, um banco tradicional demora até sete dias para aprovar uma carta de crédito e cerca de 45 dias para finalizar o acordo.
Valuation de ativo
Para aprovar uma solicitação, a Credihome realiza dois processos concomitantes: a tradicional avaliação do perfil pagador do mutuário (com consultas a bureais de crédito e históricos de pagamento) e a escoragem (ou seja, criação de um score) para o ativo em questão – o imóvel objeto da compra.
Entender o perfil do imóvel permite avaliar a liquidez desse bem e, dessa maneira, fornecer taxas mais baixas para imóveis melhor posicionados no mercado. “Ao receber a solicitação de financiamento de um imóvel de R$ 400 mil, o banco não faz distinção se ele é um apartamento no Itaim Bibi ou uma casa em Carapicuíba”, exemplifica Gama.
Com esses dados em mãos, a composição da pontuação para cada contrato se baseia em 40% no mutuário e 60% nessa avaliação do ativo. “Não tenho condições de saber se o comprador terá como honrar a dívida daqui a 20 anos, mas a evolução do valuation do imóvel é muito mais previsível”, defende.
Claro que a avaliação do ativo depende de estudos complexos de localização, perfil do imóvel e, quando disponíveis, dados de vendas anteriores. A Credihome tem um algoritmo com base em dados de plataformas de compra e venda, uma tecnologia já bastante madura. “Quando o imóvel nunca foi colocado à venda, precisamos sim fazer uma avaliação física presencial”, assume Gama. Para isso, uma parceria com outras empresas garante visitas no interior do país, o que retarda um pouco a análise.
Mas, com a evolução dessa tecnologia, a meta da empresa é conseguir, já em 2021, fechar acordos de crédito imobiliário na velocidade que se vê hoje na compra de automóveis – em uma ou duas horas.
Acesse: https://www.credihome.com.br/financiamento-imobiliario