São Paulo – A Fundação Getúlio Vargas (FGV), sob encomenda da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), já produz o Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial (IGMI-C), medido no Estado de São Paulo. O IGMI-C vem somar-se ao Índice Geral do Mercado Imobiliário – Residencial (IGMI-R), que é nacional e foi lançado por aquelas duas instituições ao final de 2010.
O IGMI-C é calculado a partir de valores, despesas operacionais, receitas totais, investimentos e vendas de imóveis, fornecidos por um grupo de empresas dos setores financeiro e imobiliário e de fundos de pensão. A divulgação do índice será trimestral e irá considerar o retorno dos investimentos em imóveis comerciais, divididos entre o retorno referente à valorização dos imóveis e o referente ao fluxo de receitas, como aluguéis, por exemplo.
Segundo Luiz Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci/SP), o instrumento é único para todo o estado, e diz respeito à freqüência das negociações. “O índice é a soma de todas as operações do mercado imobiliário do estado, por isso não há a possibilidade de ser calculado por cidade, já que as negociações seriam insuficientes para formar um indicador de rentabilidade desse tipo”, explica Viana Neto.
A FGV elaborou também uma série histórica, que vai dos anos 2000 ao final de 2010, contando com 26 colaboradores, entre entidades de classe, consultores, administradores e gestores com carteiras imobiliárias e também incorporadoras. O resultado da séria histórica mostrou uma rentabilidade de 638% no período.
O presidente do Creci/SP acredita que o IGCM-C dará um panorama das flutuações do mercado imobiliário. “Ele permitirá que o mercado identifique os fatores que estão influenciando as negociações de imóveis. Após a bolha imobiliária dos EUA, o receio de que aconteça no Brasil é muito grande, mas tal acompanhamento irá mostrar que este risco não existe no país”.
Ainda de acordo com Viana Neto, a proposta é que esse índice se torne nacional. “Já estamos em contato com o Banco Central e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para fornecer as informações e colaborar com a formação de um índice nacional para o setor”, afirma.
De acordo com André Luiz de Souza Júnior, sócio-proprietário da Imobiliária ATO – que opera em Piracicaba, SP, o índice garantirá maior segurança e transparência aos investidores de imóveis comerciais. “Ele servirá de referência da rentabilidade e irá indicar a valorização dos empreendimentos no país, o que deverá contribuir para as vendas de imobiliárias e construtoras”, explica.
“O índice irá possibilitar que os investidores no setor imobiliário tenham uma visão mais ampla e agregada do mercado e da rentabilidade dos imóveis, pois anteriormente cada um só conhecia os próprios resultados, sem conseguir relacioná-los aos do restante do mercado”, afirma André Jr. Além disso, o indicador também será útil para as vendas, na apresentação dos imóveis comerciais aos clientes. “Assim, corretores e donos de imobiliárias poderão passar mais segurança aos clientes, baseado nos resultados de rentabilidade divulgados pelo índice”, entende André Luiz de Souza Júnior.
Fonte: R7
Este indicie vem em boa hora, uma vez que esta oscilação de preços confundem quem vende, compra ou constrói.
Essa alta de preços dos imóveis em São Paulo cria uma situação causa certa desconfiança em todos os segmentos do mercado imobiliário.
Este novo indice se aplicará ao resto do País? Quando?
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