Com o advento da informática – tendo como carro-chefe as mudanças proporcionadas pela velocidade da internet, que aproxima as pessoas e traz informação em abundância -, a qualificação pessoal de um profissional passou a ser um diferencial cada vez mais exigido. Faz com que, mais do que a qualificação profissional propriamente dita, a pessoa se distinga no mercado pelo diferencial de quem “faz a mais” e de quem “provê solução”.
O item comportamento organizacional nas empresas leva à busca de fatores e requisitos mais voltados às áreas humanas e de relacionamentos. E o fator humano tem uma importância decisiva no processo de negociação.
Habilidades comportamentais são ingredientes de inovação. Temas como a capacidade de resiliência, empreendedorismo, gestão de relacionamentos e CRM, entre outros fatores, influenciam diretamente no comportamento organizacional das empresas.O endomarketing e o marketing visual acrescentam a necessidade de uma gestão comportamental voltada para o indivíduo como ser humano. Ele é encarado como alguém com emoções e sentimentos que interagem o tempo todo no atendimento ao cliente e no dia a dia da empresa, seja presencial ou virtualmente.
Recentemente, o articulista da Veja Gustavo Ioschpe citou uma análise feita em 76 países por 32 anos. Os economistas Gustav Ranis, Francis Stewart e Alejandro Ramires, autores do estudo, dividiram os países de acordo com dois critérios: crescimento econômico e desenvolvimento humano (neste caso, medido através de indicadores de educação e saúde).Entre outros resultados, chegaram à conclusão que quem enfatiza o lado humano colhe frutos muito melhores do que quem apenas prioriza o fator econômico. Dos países que começaram com alto capital humano e baixos recursos econômicos, um terço chegou a uma renda alta e a um alto nível humano; um terço continuou com um lado mais desenvolvido que o outro e apenas um terço regrediu para o fim trágico de baixo crescimento e baixo capital humano. Portanto, uma empresa que se preocupa com tais fatores absorve melhor a capacidade dos seus colaboradores que, empenhados numa nova ordem organizacional – através de uma visão horizontal e gerindo processos de negócios –, pode apresentar melhores resultados para todo o contexto empresarial, com inovações importantes na área comportamental da organização.
Carlos Francisco Valverde
Ceo executivo grupo valverde – soluções imobiliárias e membro da Rede Imobiliária Campinas
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