Apesar do crescimento no volume de crédito, recursos da poupança financiam menos imóveis que no primeiro semestre de 2011
Apesar dos bons resultados da Caixa Econômica Federal, que divulgou ontem lucro recorde no primeiro semestre de quase R$ 3 bilhões, o número de contratos de financiamento imobiliário com recursos da poupança (aqueles para imóveis com valores superiores a R$ 170 mil) teve grande redução. Enquanto nos seis primeiros meses do ano passado foram fechadas 25.881 operações, até junho desse ano foram 11.589 contratações no estado do Rio. O volume de crédito, contudo, subiu, ainda que pouco — de R$ 2,3 bilhões para R$ 2,4 bilhões — confirmando a alta dos preços dos imóveis.
Os números refletem a realidade nacional, onde também houve aumento no volume de crédito e diminuição no número de contratos. Foram 106.079 contratos no valor de R$ 18,8 bilhões até junho deste ano, contra 303.824 e R$ 17,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Já no somatório geral das várias linhas de crédito houve crescimento de 29,7%. Foram liberados R$ 4,45 bilhões, que financiaram 38.652 imóveis no Estado do Rio, enquanto no primeiro semestre de 2011, R$ 3,43 bilhões financiaram 36.168 unidades.
Segundo a superintendente da Caixa no Rio, Nelma Tavares, o aumento no volume de empréstimos se deve ao Programa Melhor Crédito lançado pelo banco em abril e que diminuiu as taxas de juros em diferentes linhas de crédito. No caso da habitação, os juros variam hoje entre 7,8% e 8,85% ao ano mais TR para imóveis de até R$ 500 mil (SFH), e ficam entre 8,9% a 9,9% ao ano mais TR para imóveis com valores superiores a R$ 500 mil. O prazo também foi aumentado de 30 para 35 anos.
Fonte: O Globo