A economia brasileira enfrenta desafios como juros altos, inflação acima da meta e incertezas internacionais. Ainda assim, o mercado imobiliário deve seguir aquecido em 2025, impulsionado pelo setor de locação de imóveis e por mudanças no comportamento dos consumidores.
O ano de 2024 trouxe surpresas positivas: crescimento do PIB acima do esperado, mercado de trabalho aquecido e índices de desemprego baixos. O Brasil comercializou 13,8% mais imóveis que em 2023, e o crédito imobiliário a pessoas físicas superou R$ 230 bilhões, atingindo níveis semelhantes a 2021, ano de forte desempenho do setor.
O perfil do comprador segue um padrão: majoritariamente casados (60%), com filhos (65%), da geração X (41 a 60 anos, 51%) e pertencentes à classe B (59%), com renda familiar média de R$ 7,5 mil. As mulheres lideram as compras, representando 52% das transações de imóveis novos ou usados.
Os consumidores buscam, sobretudo, apartamentos padrão (43%) e casas de rua (34%), com metragens entre 60 e 90 metros quadrados. Além disso, a “segurança da região” passou a ser um critério tão relevante quanto as características do imóvel, evidenciando uma crescente preocupação com a violência urbana.
Se 2024 foi um bom ano para o setor, 2025 traz desafios. A alta inflação levou ao aumento da taxa de juros, encarecendo o financiamento imobiliário. O crédito também deve ser mais restrito, com o saldo do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em níveis semelhantes a 2017. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, endureceu os critérios para concessão de financiamentos.
Esse cenário pode levar a uma inversão de tendências: em 2024, o preço do metro quadrado subiu quase 8%, enquanto os aluguéis desaceleraram. Em 2025, o mercado de vendas pode enfrentar dificuldades, especialmente no segmento médio-alto padrão, enquanto a locação tende a se fortalecer. Com a compra de imóveis mais difícil, mais pessoas devem recorrer ao aluguel, o que pode estabilizar ou até impulsionar os reajustes dos aluguéis.
A importância da atualização no setor de locação
Diante desse cenário, profissionais da área de locação precisam estar sempre atualizados sobre novas tendências, processos e tecnologias. Digitalização de contratos, inteligência artificial para análise de crédito e automação de processos são algumas das inovações que vêm transformando a forma como imobiliárias e corretores gerenciam seus negócios.
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