Tema abordado durante evento CUPOLA Summit, que ocorreu em Curitiba no último fim de semana, alerta que o corretor de imóvel que não se adaptar e não ir além do executado pelas ferramentas de IA poderá ser substituído no mercado imobiliário.
Com o avanço da tecnologia, a Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma ferramenta cada vez mais presente no mercado imobiliário. Dos óculos de realidade virtual e aumentada, que possibilitam clientes verem e até mobiliarem imóveis, a briefings cada vez melhores via ChatGPT, que ajudam a atrair personas, o uso constante da IA levanta uma questão: até quando o corretor imobiliário será indispensável?
De acordo com o professor, palestrante, consultor e conselheiro de inovação e marketing digital Edney Souza, o “Interney”, a tecnologia deve continuar evoluindo até conseguir converter boa parte das atividades humanas em robótica. Segundo ele, a solução para que um corretor de imóvel garanta o seu espaço, ainda que com esse avanço da inteligência artificial, é uma velha fórmula: seguir investindo nas conexões humanas com os clientes.
“Ambos [inteligência artificial e o corretor de imóvel] vão coexistir, sim. Mas para isso, o profissional do imobiliário precisará entender cada vez mais as necessidades reais e o que os clientes estão buscando, além de saber identificar e, com isso, se conectar profundamente às particularidades emocionais que possam envolver a pessoa. Ou seja, será necessário se mostrar cada vez mais humano e evidenciar emoções”, afirma o especialista.
“O direcionamento humano dado pelo corretor de imóvel, apontando como as necessidades da pessoa podem ser atendidas em um determinado imóvel, será a ação decisiva que manterá o profissional no mercado de trabalho junto com a IA”, complementa.
Alerta: corretor de imóveis precisa estar no domínio do trabalho da IA
Uma das principais dores do mercado imobiliário está na deficiência na aproximação entre cliente e corretores de imóveis. Para Edney Souza, o avanço das ferramentas de IA vai despertar nos profissionais o desejo de realizar ações mais dedicadas aos clientes. Um ponto, porém, deve ser levado em consideração. O especialista adverte que é fundamental que o corretor esteja atento para não se tornar refém e nem dependente do trabalho realizado pelas ferramentas de inteligência artificial.
“Hoje é possível que a inteligência artificial monte, por exemplo, sugestões de roteiros para uma boa conversa com um possível interessado na compra de um imóvel. Agora, se o corretor deixar de ser criativo e humano e não ir além do que a IA produz, a probabilidade de ele ser substituído passa a crescer”, alerta.
Pauta deve continuar sendo discutida
Para o CEO e estrategista-chefe da CUPOLA, Rodrigo Werneck, empresa especializada em marketing e consultoria imobiliária e responsável pelo CUPOLA Summit, evento totalmente focado no segmento realizados nos últimos dias 12 e 13 de maio, em Curitiba (PR), com o avanço tecnológico, pautas como essa devem ser discutidas de forma perene. Segundo o executivo, isso faz com que o profissional do setor imobiliário passe a levar em consideração não só a importância do bem-estar na hora de adquirir um imóvel, mas também a identificar e entender melhor as demandas individuais das pessoas e as suas relações com a moradia.
“Quando há o compartilhamento de conhecimento e experiências nesse âmbito, assim como feito durante o CUPOLA Summit, isso ajuda as imobiliárias e incorporadoras de todo o Brasil a levantar novas ideias, de uma forma mais assertiva, para o desenvolvimento de estratégias para o mercado futuro”, finaliza Werneck.
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