Entenda como funciona essa modalidade de investimento em propriedades, como minimizar os riscos e usufruir de suas vantagens – imóvel na planta
Adquirir a casa própria é o sonho de muitos brasileiros. Para aqueles que desejam economizar com a operação e estão dispostos a aguardar por alguns anos, a compra de um imóvel na planta pode ser uma opção extremamente vantajosa. Esse tipo de investimento conta com uma série de benefícios, sendo o principal deles o preço abaixo do mercado. Apesar disso, por se tratar de uma propriedade que ainda não foi construída, essa compra não vem isenta de riscos e deve ser feita com muita cautela. A seguir, confira alguns detalhes e dicas de como funciona essa modalidade de financiamento imobiliário.
A principal característica que um comprador deve ter conhecimento a respeito da aquisição de um imóvel na planta é que ela ocorre em duas etapas, que são antes e após a entrega das chaves. Geralmente, a construção da propriedade pode durar de 16 a 36 meses, e durante o andamento das obras, o comprador deverá pagar a entrada da unidade e suas primeiras parcelas. Entretanto, essa entrada costuma ser superior a de imóveis já concluídos, pois as construtoras utilizam o capital para dar início ao empreendimento.
Uma particularidade interessante é que não são aplicadas taxas de juros a esse investimento inicial. A única tarifa a ser aplicada é a da correção monetária, feita com base no Índice Nacional de Construção Civil (INCC), que calcula a variação dos preços de materiais, mão de obra, máquinas, entre outros serviços relacionados à construção.
No segundo estágio, com a conclusão da obra e entrega das chaves, o comprador deve quitar o saldo devedor que possui com a construtora. Como a entrada, mais elevada, já foi liquidada durante a construção, o restante a ser pago costuma ser uma quantia menor, se comparada a imóveis finalizados. Por essa razão, é possível negociar taxas menores de juros para o financiamento do valor restante. O comprador também pode fazer o pagamento do saldo devedor à vista, mas essa operação não é acessível a todos.
O valor total a ser despendido na compra de um imóvel na planta é muito mais baixo que o valor de compra de uma propriedade finalizada. Isso ocorre porque a obra ainda não foi concluída e representa algum grau de risco. Além disso, como as empresas buscam captar dinheiro para iniciar a construção, elas concedem condições mais favoráveis de compra aos interessados. Com a conclusão das obras, um imóvel pode se valorizar de 20% até 50%, já que a possibilidade de atraso ou espera não estão mais presentes, e o bairro pode ter sido alvo de investimentos públicos e privados em seus arredores, provocando o desenvolvimento da região. Essa capacidade de valorização também torna o investimento para revenda atrativo.
Toda obra é passível de ter sua entrega atrasada, mas seguindo alguns passos, é possível minimizar a possibilidade de riscos maiores. É importante fazer uma pesquisa minuciosa a respeito da empresa responsável pela construção antes de assinar qualquer contrato. Certificar-se de que é uma empresa confiável, com outras obras de qualidade no mercado, sem risco de falência, permite um investimento mais preciso e sem dores de cabeça no futuro.
É recomendável que as parcelas da entrada ou do financiamento do saldo devedor não ultrapassem 30% do orçamento mensal. Isso permite uma melhor preparação, em caso de imprevistos, e um melhor conforto, podendo manter suas despesas usuais. Além disso, fazendo esse financiamento diretamente com a construtora, o risco de reprovação para o financiamento é menor. Ela costuma ser menos exigente na concessão de crédito que outras financeiras, mas ainda é imprescindível não possuir dívidas ou pendências nas empresas de proteção ao crédito.
