Financiamento para imóvel usado é fácil e tem boas taxas

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As taxas de juros já chegaram a 12% mais TR, hoje são de 9%

O crescimento das vendas de imóveis usados trouxe também mais clientes para o financiamento imobiliário. Os bancos, tantos os públicos quanto os privados, estão correndo atrás de clientes para aumentar as suas carteiras de crédito. Eles disponibilizam várias linhas de empréstimos para a compra do imóvel usado. Os corretores que lidam com a intermediação do negócio entre os mutuários e os bancos dizem que a facilidade de se contratar um empréstimo para comprar um imóvel usado é equivalente se a escolha for por um apartamento ou casa novos.

“Os juros cobrados anualmente já foram de 12% mais Taxa Referencial (TR). Hoje eles estão em torno de 9% e a tendência é de queda. Isso é ótimo para movimentar o mercado e aumentar o número de empréstimos”, explica o corretor Eduardo Feitosa.

Para Sérgio Miranda, os bancos estão abertos a fazer acordos porque eles ficam com os clientes por anos a fio. “Tudo começa com o financiamento bancário que chega a 30 anos, depois o banco começa a vender produtos como cheque especial, cartão de crédito, fundos de renda fixa, ações, entre outros. Isso é ótimo para as instituições bancárias que praticamente prendem o mutuário por décadas”, completa.

De acordo com Miranda, a taxa de juros cobrada pelo banco depende muito do relacionamento do cliente com a instituição. Os correntistas, por exemplo, têm desconto na taxa de juros. Alguns bancos têm convênios com empresas e funcionários públicos estaduais, federais ou municipais. “Os clientes estão procurando as diversas opções dos bancos. Eles financiam o máximo que puderem do imóvel”, informa.

Os mutuários que financiam os bens usados não são apenas aqueles que compram apartamentos populares. Há consumidores que tiram crédito bancário para adquirir imóveis que custam milhões de reais.

“Conheço pessoas que financiam imóveis de R$ 3 milhões ou R$ 4 milhões. Elas não querem desembolsar o dinheiro à vista para não ficarem descapitalizadas ou descapitalizar as suas empresas e acham as taxas de juros dos empréstimos para imóveis usados bem atrativas”, garante Miranda.

ENTRADA – A única desvantagem do financiamento do imóvel usado em comparação com o novo é que o cliente tem que desembolsar uma entrada maior. Na compra do novo, ele paga 25% para a construtora até a entrega das chaves e financia o restante. No caso do imóvel usado, ele financia cerca de 80% do valor do bem e tem que bancar o resto do dinheiro à vista. Para fazer isso, ele pode usar o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou os recursos da poupança. “Quem estiver interessado em adquirir um imóvel usado é bom começar a juntar dinheiro para pagar a entrada”, afirma José Carlos Cordeiro, um dos sócios da DMC Imóveis.

Segundo ele, o proprietário do imóvel usado, cujo comprador vai financiar a compra com um banco, recebe o valor do imóvel à vista. O processo de recebimento demora cerca de 60 dias. “Tanto o vendedor quanto o comprador têm que possuir toda a lista de documentação exigida pelo banco, que hoje em dia é bem menor do que antigamente. O imóvel deve estar totalmente regularizado”, completa.

Algumas imobiliárias são correspondentes bancárias da Caixa Econômica Federal e ajudam o cliente durante todo o processo de financiamento. Elas indicam quais os documentos necessários e fazem todo o trabalho burocrático. O cliente só tem que ir ao banco na hora de assinar o contrato, com dia e hora marcados. “É uma facilidade grande para o mutuário. Estamos tentando negociar com a Caixa para que a assinatura do contrato seja na imobiliária mesmo para proporcionar um conforto ainda maior para o cliente”, diz Cordeiro.

Por: Viviane Barros Lima

Fonte: JC Online

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