Uma operação da Polícia Civil revelou um esquema sofisticado de fraudes imobiliárias envolvendo um falso banco que funcionava em um prédio de luxo em Goiânia. O grupo criminoso é suspeito de ter causado um prejuízo de mais de R$ 3 milhões a pelo menos dez vítimas, vendendo ilegalmente imóveis que eram utilizados como garantia para empréstimos fictícios.
Como funcionava o golpe
Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, que conduz as investigações, os golpistas convenciam as vítimas a disponibilizar seus imóveis como garantia para um suposto empréstimo. No entanto, a fraude envolvia um esquema elaborado: os criminosos alegavam que o empréstimo não poderia ser feito diretamente no nome da vítima, mas sim no nome de um “cliente VIP”, apresentado como um investidor multimilionário. Para que o crédito fosse liberado, o dono do imóvel precisava transferir poderes ao falso banco.
Com essa autorização em mãos, os criminosos vendiam os imóveis a terceiros de boa-fé, sem que os verdadeiros proprietários recebessem qualquer valor. Além disso, algumas vítimas chegaram a pagar taxas adicionais para a liberação do suposto empréstimo, aumentando ainda mais o prejuízo.
A operação policial
O esquema criminoso funcionou por cerca de três anos até ser desmantelado na Operação La Casa de Papel, deflagrada pela Polícia Civil na última sexta-feira (7). Ao todo, foram cumpridos 83 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e fiscal, além do sequestro de bens no valor de R$ 3 milhões pertencentes aos suspeitos. Entre os itens apreendidos estavam relógios de alto valor e uma caminhonete. Apesar das apreensões, nenhum integrante da quadrilha foi preso.
As investigações indicam que, ao perceberem que as vítimas estavam denunciando os golpes, os criminosos desativaram o falso banco e encerraram as atividades. A operação envolveu ações nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e também em Sobradinho, no Distrito Federal.
A importância de consultar um corretor de imóveis credenciado
Golpes como esse reforçam a necessidade de contar sempre com profissionais qualificados e credenciados ao negociar imóveis. Corretores de imóveis registrados no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) possuem conhecimento técnico e seguem normas que garantem maior segurança em transações imobiliárias.
Além disso, um corretor experiente pode verificar a documentação do imóvel e identificar qualquer irregularidade, evitando que compradores ou vendedores sejam vítimas de fraudes. Antes de fechar qualquer negócio, é fundamental conferir se o profissional possui registro no Creci e buscar referências sobre sua atuação.
A segurança nas transações imobiliárias começa com a escolha dos profissionais certos. Consultar um corretor credenciado pode evitar prejuízos financeiros e garantir que a negociação ocorra dentro da legalidade.
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