Eles são a escolha perfeita para aqueles que desejam um descanso do tumulto das cidades. Depois de adquirir a casa própria, esses locais se tornam prioridade
A casa de campo é um sonho de consumo de muita gente. Ter um local para descansar nos fins de semana, poder respirar ar puro e reunir a família cercada pela natureza faz com que, depois de adquirir a primeira moradia, a compra desse refúgio seja umas das prioridades. Mas para que isso se torne realidade, cautela nunca é demais.
Depois de um período de estagnação devido ao boom dos imóveis urbanos, o segmento está mais aquecido, como afirma o diretor da Planta Netimóveis, Celso Salles. “Esse mercado ficou um pouco adormecido devido às facilidades de financiamento, o que levou as pessoas a colocarem a casa própria como primeira opção. Registramos um aumento da demanda em torno de 20%”, comemora.
Um fator que contribuiu para esse crescimento foi o financiamento, que torna a aquisição de chácaras e sítios mais acessível. Segundo Salles, essa procura aumentou também porque as pessoas estão valorizando cada vez mais a tranquilidade, com o objetivo de fugir da agitação do dia a dia e do trânsito caótico. “E nada melhor do que uma casa no campo e um momento de pausa para recarregar as baterias”, observa.
O diretor comercial do EcoVillas Vale Verde, José Renato Araújo, concorda que aumentou a priorização pela qualidade de vida. “Mas outra razão que colabora para essa escolha é que os sítios e chácaras tornam-se um bom negócio a longo e médio prazos, em função da valorização do mercado imobiliário.”
O advogado e empresário Carlo Rodrigues faz parte do público que optou pela possibilidade de ter e oferecer à sua família mais tranquilidade. Ele conta que pesou muito em sua decisão de comprar um lote para construir uma casa de campo no EcoVillas Vale Verde o fato de o condomínio estar interligado ao parque ecológico que leva o mesmo nome, localizado em Betim, na Região Metropolitana.
COMODIDADE
Como vantagens do investimento, o empresário aponta a natureza privilegiada, além de o condomínio estar interligado ao complexo turístico do Parque Ecológico e a um resort. “Também há a segurança e a garantia de que todos os projetos arquitetônicos das casas vão seguir um padrão de qualidade de construção que valoriza o imóvel e o empreendimento como um todo”, acrescenta Rodrigues.
O diretor da NEO Urbanismo, Carlos Eduardo Battesini, confirma que Betim é um dos municípios onde estão surgindo os melhores e mais modernos empreendimentos. Ele aponta, ainda, Nova Lima, Brumadinho, Betim, Lagoa Santa e Contagem. “Essas cidades, além de muito próximas de Belo Horizonte, se tornaram excelentes opções de moradia e casa de campo, pois oferecem hoje todos os serviços e comodidades que as pessoas precisam”, diz.
Viver mais tranquilo
Ficar perto da natureza não significa isolar-se das facilidades e da praticidade da vida moderna. Alguns recantos oferecem completa infraestrutura
Como critério para escolher a localização da casa de campo, alguns optam por regiões onde pais ou parentes já tenham imóveis, enquanto outros, pensando na segurança, preferem condomínios fechados. Segundo o diretor da Planta Netimóveis, Celso Salles, “independentemente da escolha, o mais importante é que o espaço permita escapar do tumulto das cidades, oferecendo tranquilidade e contato com a natureza”.
Mas essa distância não significa isolamento dos grandes centros, já que as famílias geralmente procuram esse tipo de empreendimento para lazer nos fins de semana. “Como, normalmente, o tempo é curto, o ideal é buscar facilidade de acesso e evitar longos trechos de estradas”, sugere.
O diretor comercial do EcoVillas Vale Verde, José Renato Araújo, reforça que é importante observar a localização do empreendimento. “No geral, a tendência é optar por unidades localizadas até uma hora de distância da primeira moradia da família. Nesse mesmo sentido, é importante ficar atento à facilidade de acesso ao local e como é o fluxo de trânsito naquela região.”
No que se refere à acessibilidade, Salles diz que devem ser levadas em conta as vias de entrada no imóvel. “Às vezes, o futuro proprietário visita o empreendimento na época da seca, mas, quando chove, a estrada fica intransitável. Reparar as condições do caminho e observar se existe algum córrego próximo que possa causar alagamento é fundamental”, aconselha.
LEGISLAÇÃO
É preciso ficar atento, ainda, às questões ambientais, verificando se o imóvel não se encontra em área de preservação, como alerta o diretor da Planta Netimóveis. “Caso isso ocorra, há uma legislação específica que regula a ocupação nesses locais. É preciso atenção também às margens dos cursos d’água. O Ibama estabelece um recuo mínimo, que varia de acordo com a largura do rio e que deve ser respeitado antes de construir.”
Observados esses aspectos, a tendência desse mercado é de crescimento, como afirma Araújo. “Houve uma redução na oferta desses empreendimentos nos últimos cinco anos, mas hoje a gente observa um aquecimento desse mercado. A expectativa é de que essa demanda cresça, pois o estresse diário provoca essa necessidade de ter uma casa no campo, que vai funcionar como uma válvula de escape.”
Uma boa aposta
José Renato Araújo se vale do velho ditado que diz que ‘quem compra terra não erra’. Segundo ele, o dito pode ser adaptado para ‘quem compra um imóvel em condomínio fechado não erra’. “E investir em empreendimentos em fase de lançamento é ainda mais rentável a longo e médio prazos. Esse tipo de imóvel traz retorno elevado, se comparado a qualquer tipo de investimento disponível atualmente no mercado financeiro.”
Como argumento para as expectativas de lucro sobre o investimento, Araújo conta qual é o percentual percebido em empreendimentos com esse perfil. “Nos últimos sete anos, por exemplo, alguns condomínios fechados com padrão similar ao EcoVillas, localizados em Nova Lima, apresentaram valorização de até 600%. É um investimento que tem um alto índice de rentabilidade.”
Mas antes de investir, é preciso levar em consideração que esse tipo de imóvel atende uma fase específica da vida. “Por exemplo, um lugar para levar os filhos durante os fins de semana”, cita o diretor do EcoVillas Vale Verde. Por isso, é preciso minimizar os riscos e avaliar criteriosamente os investimentos pretendidos do imóvel.
Outro fator de grande importância é o tamanho do sítio ou chácara. “O ideal são unidades em torno de mil metros quadrados, que deem condições de a família ter o espaço necessário e também que não seja tão grande para trazer um custo de manutenção alto no dia a dia. É uma escolha muito pessoal, mas o comprador deve pensar se aquele prazer não pode virar um grande desprazer de ter que cuidar de uma enorme área.”
Até mesmo as condições climáticas da região onde se pretende investir devem ser consideradas, para evitar transtornos. “Um local frio, por exemplo, não é indicado para pessoas idosas, já que, normalmente, nessa faixa etária, a pessoa está mais sensível às mudanças de clima”, previne Araujo.
PALAVRA DE ESPECIALISTA » Documentos são principal garantia
Celso Salles – diretor da Planta Netimóveis
“Quando se optar por um sítio, uma chácara ou casa de campo, a documentação é fundamental. Às vezes, a pessoa compra pela facilidade ou porque foi indicação de algum conhecido, e não se preocupa com essa questão. O imóvel rural é mais susceptível a equívocos. Então, é preciso estar atento aos documentos, que são a maior garantia do comprador. A dica é contar com a assessoria de uma imobiliária experiente. Em relação à infraestrutura, as casas de campo geralmente apresentam baixo custo de manutenção. Normalmente, a água desses empreendimentos é proveniente de cisternas ou poços artesianos, o que já reduz as despesas. Há outros gastos com caseiro, energia e pequenos reparos que eventualmente sejam necessários, mas eles giram em torno de R$ 1.000. No entanto, para que esse valor não se torne exorbitante, dois cuidados são essenciais: escolher bem a pessoa que vai cuidar da casa na ausência dos donos, para que no futuro não ocorram surpresas desagradáveis, e atentar-se para o estado de conservação do imóvel. É importante verificar se tudo está em perfeito funcionamento e se o empreendimento oferece completa infraestrutura, como esgoto e energia elétrica.”
Por: Júnia Leticia
Fonte: Estado de Minas