Corretores, picaretas e valorização de imóveis

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É triste ver que os moradores da região onde vivo atualmente, não tem o menor interesse em valorizar o que possuem, não dando o devido valor à suas propriedades, assim como à região em que vivem.

Quando digo “esta região”, quero me referir à área que encerra Guaraí, Tupirama, Pedro Afonso e Tabocão.

Durante os dezoito anos em que aqui resido, não encontrei ninguém que tivesse uma mentalidade de valorizar o que é seu, ou seja, de valorizar esta nossa região. Essa mentalidade fica melhor evidenciada se focalizarmos o que ocorre com as propriedades rurais. Existem aqui poucos corretores credenciados (com CRECI), mas temos um grande número de “vendedores de terra”, e todos, credenciados ou não, padecem da mesma mentalidade “tacanha” e distorcida: Reduzir ao máximo as pretensões de um proprietário que deseja se desfazer de seu bem, para vender bem depressa e ganhar a comissão. Existem várias “técnicas” para apertar um proprietário, como por exemplo, afirmando que existem muitas propriedades disponíveis a um preço da terça parte do que ele pede, ou então dizendo que não se está vendendo nada, e assim por diante. Esse comportamento chega inclusive à má educação. Algum tempo atrás contatei um “vendedor de terra” por telefone (indivíduo com curso superior inclusive), pessoa que já conhecia a propriedade que eu desejava vender. Ao saber o preço pedido, me fez uma série de alegações, depreciando a fazenda e afirmando que nem pela terça parte eu não conseguiria vender. Ao perceber que eu não pretendia “engolir” essa conversa fiada, nem sequer me recebeu, despachando-me pelo telefone mesmo. Menino mal educado, não é? Tudo isso costuma funcionar (infelizmente) quando o proprietário se encontra em algum apuro financeiro e não se dispõe a procurar um empréstimo ao invés de se desfazer de seu bem.

As técnicas aplicadas na verdade não vem ao caso, o importante é conscientizar a todos da necessidade de mudar radicalmente essa mentalidade retrógrada, e VALORIZAR a nossa região, ao invés de depreciá-la. E como fazer isso? Eu não sou o dono da verdade, mas posso ressaltar alguns pontos importantes:

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• Em primeiro lugar, terra “baratinha” traz como consequência fazendeiro sem respaldo financeiro, do tipo que vende 10 “alquerinhos” no Paraná e compra 100 “alqueirões” na nossa região, pede dinheiro no banco e não vai conseguir pagar. Não é esse o tipo de fazendeiro que queremos por aqui! Queremos fazendeiro que sabe o que quer, compra a terra que lhe convém em função do que pretende, paga o valor pedido e tem respaldo financeiro suficiente para preparar a terra, adquirir maquinário, produzir o que pretende, e tudo isso SEM precisar pedir dinheiro no banco.

• Outra coisa não menos importante: Você pode comprar um carro a prestação (o banco financia), você pode adquirir uma casa em até 15, 20 ou mais anos (a Caixa financia). Mas não existe nenhum tipo de financiamento para aquisição de terra. Portanto, terra se vende e compra A VISTA!! Tem aparecido gente do sul, com um sério VIRUS no cérebro: Querem comprar uma terra, pagando em 2 ou 3 vezes, uma parcela por ano, evidentemente pagando a segunda parcela e as demais, com o resultado obtido durante o ano anterior…Com isso você corre um enorme risco, o risco de não receber a parcela seguinte. E porque você precisa correr algum risco, se a terra já é sua e você já está com sua documentação em dia? Portanto, vender terra a prazo é assumir o papel de IDIOTA! Consulte um advogado experiente, e ele vai lhe confirmar que a única maneira de garantir o recebimento do valor tratado, é negociando a venda A VISTA. Não adianta você vincular a escritura ao pagamento, pois o mau pagador (ou vigarista) sempre vai encontrar uma maneira “legal” para prejudica-lo, e vai conseguir! Você não vai conseguir tirá-lo de sua terra, caso ele não pague a parcela combinada. Se lágrimas, desculpas, promessas não funcionarem, ele vai solicitar judicialmente que você entregue “a parte pela qual ele já pagou”… E o juiz vai lhe dar razão, afinal ele pagou mesmo, não é? Imagine a confusão…

• Temos que valorizar nossa região. Terra na nossa região deveria ter preço mínimo! Afinal temos estrutura (escolas, hospitais, etc), temos condições climáticas excepcionais, localização privilegiada, boas rodovias, ferrovia e campo de pouso asfaltado. Devemos tentar coibir vendas de terra na nossa região a preço “baratinho”. Com isso já afastaremos os fazendeiros indesejáveis e valorizamos nossa região. Um “site” na Internet mostrando as vantagens da nossa região, com certeza ajudaria, e o Sebrae poderia fazer isso. Afinal se nós não valorizarmos o que é nosso, quem o fará? Na época do Prefeito “Carlitão”, como era conhecido, terra já tinha preço mínimo para ser escriturada, lembram disso?

Cumpre esclarecer que o acima é apenas um resumo de um dos aspectos abrangidos pelo tema.

Por: João Hoffmann

Fonte: marcelogris.com.br

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