Construtoras aprovam volta do Minha Casa, Minha Vida, mas pedem redução de juros

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Taxa Selic alta encarece os financiamentos imobiliários do Minha Casa, Minha Vida e pode travar o crescimento do setor que mais gera empregos no país desde 2020

A volta do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, confirmada pelo novo ministro das Cidades, Jader Filho, foi bem avaliada pelas construtoras e pelo mercado imobiliário. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Ferreira Machado Michel, afirma que ele e outros empresários do setor se reuniram com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que prometeu R$ 10 bilhões em subsídios para ajudar a população de baixa renda a comprar a casa própria.

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O mercado imobiliário, ao contrário de muitos outros setores, cresceu bastante em plena pandemia de Covid-19. Mas a maioria dos imóveis foi vendida para as classes média e alta. Muita gente procurou casas e apartamentos maiores e mais confortáveis, devido ao isolamento social. As taxas de juros mais baixas em 2020 e 2021 também alavancaram as vendas. “2021 foi o melhor ano da história para o setor, 2022 foi o segundo melhor e 2020, o terceiro. Estou muito otimista para o ano de 2023 e para os próximos”, avalia Michel. Em 2020, a taxa básica de juros (Selic) no país caiu para 2% ao ano, menor índice desde 1999. Já em 2021, o Banco Central começou a subir os juros para controlar a inflação e a taxa chegou a 9,25%.

Um dos empecilhos para o desenvolvimento do setor pode ser o valor alto da Selic, que terminou 2022 a 13,75% ao ano e é usada como parâmetro para os financiamentos imobiliários. “A taxa de juros alta pode atrapalhar, mas acho que atingimos o pico e agora ela deve começar a cair”, prevê o presidente do Sinduscon-MG.

Esta também é a visão da presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Cássia Ximenes. Ela também prevê boas vendas em 2023, mas com apoio do poder público. “O que impacta em relação ao governo são as ações relativas a incentivos para novas construções, regras de financiamento, formas de tributar os rendimentos provenientes da locação que encorajam ou não termos ofertas de imóveis para alugar”, analisa.

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A construção civil é um dos setores que mais empregam no Brasil, com 2,5 milhões de trabalhadores atualmente. De julho de 2020 a julho de 2022, foram criadas 600 mil novas vagas de trabalho no país, segundo o Sinduscon. O destaque ficou por conta da construção de prédios e edificações, mas o setor também contrata funcionários para obras de infraestrutura e de outros tipos.

Fonte: O Tempo

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