Banco Central testa novo modelo de Financiamento habitacional a partir de 2026

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Banco Central testa novo modelo de Financiamento habitacional a partir de 2026

O Banco Central (BC) prepara uma mudança importante no crédito imobiliário brasileiro. A partir de 2026, será iniciado um período de testes para um novo modelo de financiamento habitacional que utiliza recursos da caderneta de poupança, com previsão de implantação total em 2027. O objetivo é estimular a concessão de crédito para a compra da casa própria com juros mais baixos, ampliando o acesso de famílias à moradia.

Como funciona o modelo de financiamento habitacional em estudo

Hoje, os bancos são obrigados a direcionar 65% dos recursos da poupança para o financiamento habitacional. Outros 20% ficam retidos no BC como depósito compulsório e apenas 15% podem ser usados livremente pelas instituições financeiras.

Com a proposta em análise, a lógica muda:

  • A cada R$ 1 concedido em financiamento habitacional, o banco poderá usar R$ 1 de forma livre por até cinco anos.
  • Para manter esse benefício, a instituição deverá continuar liberando novos empréstimos habitacionais.

Essa dinâmica cria um incentivo para aumentar a oferta de crédito e permitir que os bancos pratiquem taxas de juros mais competitivas.

Transição gradual até 2027

Representantes da construção civil, como CBIC, Abrainc e Secovi-SP, sugeriram uma transição cautelosa. A ideia é liberar, já em janeiro de 2026, 5 pontos percentuais dos recursos hoje retidos como compulsório, dentro do novo sistema, enquanto o restante permanece nas regras atuais.

Durante esse período, o BC e o setor acompanharão os impactos, ajustando detalhes para evitar riscos na disponibilidade de recursos.

Condições do financiamento habitacional

O Ministério das Cidades defende que os financiamentos sigam parâmetros do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com:

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  • Juros de até 12% ao ano + TR (Taxa Referencial).
  • Limite de R$ 1,5 milhão por imóvel.

O BC, por sua vez, prefere manter maior flexibilidade para que os bancos definam condições, desde que o crédito seja direcionado para a habitação.

Impacto esperado no mercado imobiliário

Estudos internos do Banco Central indicam que o volume de recursos aplicados em financiamento habitacional pode mais que dobrar, saltando de cerca de R$ 90 bilhões para R$ 200 bilhões em dois anos.

  • 80% seriam destinados a imóveis residenciais (novos e usados).
  • 20% ficariam para unidades comerciais.

Para o mercado imobiliário, a expectativa é de juros menores e maior acesso ao crédito, favorecendo compradores e impulsionando vendas de imóveis de diferentes faixas.

O que corretores de imóveis precisam saber

Se aprovado, o novo modelo trará mais oportunidades de negócios, já que a oferta de crédito é um dos principais motores de compra. Corretores de imóveis devem acompanhar de perto:

  • A fase de testes e ajustes do BC.
  • Possíveis mudanças no teto do SFH, que hoje é de R$ 1,5 milhão e pode ser atualizado.
  • O comportamento dos bancos quanto às taxas e condições de financiamento.

Dica final: orientação profissional é essencial

Para quem pretende comprar um imóvel, é importante entender que esse novo modelo ainda está em fase de estudo. Por isso, antes de fechar negócio ou planejar um financiamento, consulte sempre um corretor de imóveis credenciado. Esse profissional tem a expertise necessária para orientar o cliente e garantir segurança em cada etapa do processo.

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