Banco Central prevê mudanças graduais no financiamento imobiliário

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Banco Central prevê mudanças graduais no financiamento imobiliário

O Banco Central reafirmou que qualquer mudança nas regras do financiamento imobiliário será feita de forma gradual e com transição de pelo menos dez anos, evitando riscos para o sistema.

A declaração foi feita por Gilneu Vivan, diretor de Regulação do BC, durante evento da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) em São Paulo. Segundo ele, liberar compulsórios de forma imediata seria apenas uma solução de curto prazo, sem resolver o problema estrutural de financiamento habitacional no país.

O debate: governo x setor privado

Hoje, o sistema funciona assim:

  • 65% dos recursos da poupança vão para crédito imobiliário;
  • 20% ficam retidos no Banco Central como compulsório;
  • 15% são de uso livre pelos bancos.

O governo estuda uma mudança mais ampla: permitir que os bancos utilizem livremente os recursos, desde que concedam crédito imobiliário no mesmo valor captado.

Já o setor privado teme que a mudança seja abrupta e defende uma alternativa:

  • Manter os 65% de direcionamento obrigatório;
  • Liberar gradualmente três quartos do compulsório (equivalente a 15% do saldo da poupança).

Essa liberação injetaria cerca de R$ 115 bilhões no crédito imobiliário, segundo estimativas.

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Rede de segurança para os bancos

Na proposta do setor privado, para garantir estabilidade, seria criada uma linha de redesconto, mecanismo que permitiria aos bancos obter recursos junto ao BC em caso de falta de liquidez, usando títulos públicos como garantia e pagando juros equivalentes aos da poupança.

Próximos passos

As negociações continuam entre representantes do governo e do mercado. A expectativa é chegar a um modelo que aumente a oferta de crédito, mantenha as taxas competitivas e preserve a segurança do sistema.

💡 O que isso significa para o mercado imobiliário

Para compradores e vendedores, especialmente no segmento da classe média, mudanças graduais podem garantir estabilidade e previsibilidade nas condições de financiamento, evitando oscilações bruscas nos juros e nas regras.

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