Região começa a atrair olhares de turistas (Foto: Divulgação) |
A pacata vizinhança da Cidade do Rock, em Jacarepaguá, começa a atrair o olhar dos turistas, que vão sacudir a região durante os sete dias do Rock in Rio, daqui a pouco mais de um mês. É que, com os hotéis da cidade quase lotados nas datas dos shows, oferecer o próprio apartamento num aluguel por temporada – aquele em que o inquilino paga para ficar apenas alguns dias no imóvel – pode ser uma lucrativa oportunidade para quem pode se apertar na casa de um parente ou, até mesmo, sair de férias.
Dados da organização do Rock in Rio revelam que metade da primeira leva de 600 mil ingressos foi vendida para pessoas que não moram no estado. São turistas que podem pagar entre R$ 60 e R$ 200 pela diária de um quarto e sala no Rio, dependendo do local e da infraestrutura, de acordo com levantamentos em corretoras e sites especializados.
Potencial inexplorado – O vice-presidente de locação do Sindicato de Habitação do Rio (Secovi Rio), Antônio Paulo Monnerat, explica que, atualmente, o aluguel por temporada se concentra, principalmente, em Copacabana, mas regiões como as zonas Norte e Oeste, além do Centro, têm um grande potencial.
– Há grandes eventos programados nessas regiões, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o que vai aquecer o mercado imobiliário ainda mais. Alugar o próprio imóvel é uma forma de ganhar algum dinheiro numa época em que a cidade estará lotada de turistas – afirma Monnerat.
Contrato de até 90 dias – Especializado em Direito Imobiliário, o advogado Hamilton Quirino explica que as únicas diferenças entre o contrato por temporada e o de aluguel tradicional são a duração e o pagamento:
“O aluguel de temporada é de, no máximo, 90 dias. Além disso, o pagamento integral deve ser feito com antecedência. O proprietário também pode pedir um valor como caução, para cobrir eventuais danos ao imóvel ou aos móveis e eletrodomésticos.”
A guia de turismo Fabiana Bandeira, de 27 anos, cuida de quatro apartamentos da família em diferentes bairros do Rio, que são alugados por temporada há um ano e meio. Segundo ela, é preciso ter cuidados redobrados nessa modalidade de contrato:
“Nunca tivemos problemas com inquilinos, mas é importante se resguardar, até porque é o nosso patrimônio que está em jogo”, diz Fabiana, que sempre pede documentos e comprovante de residência, além de fazer uma listagem completa de tudo o que está no apartamento e anexar ao contrato: “Essa conferência deve ser feita com o inquilino no primeiro e no último dia da locação.”
Segundo Hamilton Quirino, o contrato pode ser feito pelo proprietário, sem intermediação de corretoras, mas é preciso seguir o modelo-padrão.
Fonte: Jornal Extra