Após alerta de médico, corretor de imóveis perde 75 quilos em três anos sem cirurgia

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O corretor de imóveis Fábio Hamurabi, de 35 anos, tinha 170kg quando decidiu que precisava emagrecer

Fábio Hamurabi, de 35 anos, fazia parte de uma incômoda estatística, em 2015. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2017, uma a cada cinco pessoas no Brasil está acima do peso. Porém, isto já é passado para o morador de São José dos Campos, no interior paulista. Após três anos se dedicando na luta contra a obesidade, o corretor de imóveis, que pesava 170 quilos, emagreceu 75 quilos sem a necessidade de cirurgia para redução de estômago ou uso de medicamentos. Agora, ele mudou de time na estatística da obesidade.

Fábio conta que, há três anos, em maio de 2015, começou a sentir tontura e mal-estar repetidamente. Foi após uma dessas ocasiões que o joseense decidiu ir ao médico. Deste dia em diante, sua vida mudou completamente.

Na terceira vez que passei muito mal, pedi para a minha esposa, na época, me levar ao médico. Tive uma crise hipertensiva, pressão alta. Foi então que o médico me disse que a conta tinha chegado, e que, se eu continuasse daquele jeito, não passaria dos 45 anos. Você se assusta. Fiz uma dieta rigorosa por um mês, perdi 7kg. Então, tive um fim de semana padrão, com churrasco, cerveja e cachaça, aí passei mal de novo. Foi então que percebi que meu corpo não aguentava mais e fui fazendo algumas mudanças – afirmou.

Fábio Hamurabi perdeu 75kg sem necessidade de cirurgia ou medicamentos — Foto: Divulgação / Arquivo pessoal

Durante o processo, Fábio não recebeu acompanhamento de profissionais da área de saúde. Ele decidiu mudar sua rotina e pesquisar na internet os melhores meios de vencer a luta. Além disso, ele afirma que quem sofre de obesidade, tem o mesmo problema do que dependentes químicos e alcoólatras.

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Foi tudo autodidata. Minha primeira consulta com nutricionista faz 15 dias. Pesquisei na internet, com fundos reais. O obeso tem o mesmo problema que um dependente químico, alcoólatra, só que a fuga é a comida. O agravante é que em qualquer esquina ou até em casa você tem comida. Eu percebi que não posso ficar sem comer doce ou tomar uma cerveja, aí, todo domingo eu consumo um doce, ou no outro domingo bebo três long necks e assisto futebol. Durante a semana, se precisar comer doce, eu não deixo de fazer isso, aí fico mais tempo na esteira. Além disso, reduzi bastante os carboidratos – contou.

Todos os quilos perdidos por Fábio foram sem auxílio de cirurgia ou medicamentos. Para ele, a solução está muito mais na cabeça do que na operação em si. Recentemente, ele precisou passar por um processo para retirada de pele.

Eu cheguei a fazer uma pré-operatória, exames, consultas. Porém, quando você estuda isso, você percebe que a solução é muito mais na cabeça do que na operação. Para vários níveis de problema, existem vários níveis de ajuda. O grande segredo é mudar a rotina, os hábitos, o que é difícil, não é fácil. Até hoje eu, às vezes, me pego na frente de restaurantes de fast food com vontade de sentar e pegar um combo e ser feliz da vida. Mas eu sei que isso é um prazer químico. Daqui duas horas vou sentir fome de novo. Prefiro me ocupar treinando – disse.

Fábio possui um canal no YouTube e também uma conta no Instagram, chamados “desboliscando”. Lá, ele dá dicas e conta sua trajetória para vencer a obesidade. Em sua opinião, o esporte vai muito além da perda de peso.

Eu fui inserindo exercícios, mas de uma forma muito lenta. Se eu parasse para pensar que tinha de perder 80kg, eu sentava e chorava. Então, foquei em metas pequenas, primeiro pensando em perder 5kg. Eu acredito em 50 por 50 a importância da alimentação e exercícios. A atividade, além dos benefícios, é um alívio de estresse. Todo mundo tem uma forma de canalizar e expressar os sentimentos. O obeso, come. Então, eu transferi isso para os esportes – afirmou.

Por fim, Fábio destaca que mudar os hábitos não é tarefa fácil, mas determinante no sucesso da luta contra a obesidade. Ele acredita que a mudança tem de vir da pessoa.

Se o universo gerou um problema em você, ele gerou a solução em você. Esse negócio de falar que ninguém te ajuda…não são eles que estão prejudicados, é você. No primeiro ano, tive uma restrição social, porque não conseguia ir ao bar e vendo todos comerem e eu pedir tofu. Eu, hoje consigo. Eu vou lá, tomo água tônica com limão e já vou jantado. Mudar os hábitos é difícil, mas essencial – concluiu.

Fonte: G1

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