Aos descrentes na melhora do mercado imobiliário brasileiro, devido à situação econômica que o País enfrenta, empresas do setor convidam investidores e empresários a olhar além de nossas fronteiras. Ou melhor: atravessando o Oceano Atlântico.
O convite é para o mercado da Europa, especificamente Portugal. “Muitos brasileiros estão desistindo do País e tentando a vida em outro lugar, com outra política e economia”, disse Gustavo Morais, diretor da Direct Empreendimentos Imobiliários, que faz esse tipo de negociação em parceria com a imobiliária portuguesa Consultan. Segundo Morais, atualmente, 41% dos imóveis portugueses são comprados por brasileiros. Um número expressivo, levando em conta que a Europa também vive uma crise.
E a tendência é que essa porcentagem continue crescendo. Isso acontece, na opinião do professor e analista de cenários econômicos externos Tiago Monteiro, exatamente por causa de feridas ainda abertas da crise de 2008 nos Estados Unidos, que afetou o mundo todo, prejudicando, sobretudo, o setor imobiliário. Os valores dos imóveis despencaram. “Para quem deseja ter um imóvel nas terras portuguesas, é um ótimo momento”, afirmou. “Entretanto, para quem deseja morar por lá, não é vantajoso. É preciso ter cautela”, ressaltou.
Monteiro explicou que o custo de vida é muito alto, a oferta de emprego é baixa – desemprego nos 13% – e o desempenho da economia é tímido. Por exemplo, alguém que é classe média alta no Brasil, provavelmente não conseguirá manter o padrão de vida. “O pequeno país tem uma situação complicada, e a expectativa para este ano não é boa”, analisou.
Mas para o diretor da Direct, “o hábito do mercado imobiliário europeu é diferente do brasileiro” e essa troca pode beneficiar os dois países. “Lá é comum construir para vender, aqui é o contrário”, comentou. Ou seja, para Portugal, a captação de investidores externos – no caso o brasileiro – pode contribuir potencialmente na economia do país europeu; e aos brasileiros, as formas diferenciadas de pagamento e até a possibilidade de financiamento em bancos portugueses são atrativos.
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Para não deixar escapar a oportunidade, o diretor Morais disse que viu na ponte entre o Brasil e Portugal o momento de apostar em empreendimentos residenciais em Lisboa, capital portuguesa. Além do ponto de vista dos negócios, ele lembrou também que ambas as nações têm muito em comum. “Os dois possuem a mesma língua, existem cerca de 72 voos semanais entre os países e há grande proximidade cultural”, elencou.
Mais: através do programa Visto Gold, os investidores que adquirirem imóveis em terreno luso a partir de 500 mil euros (cerca de R$ 2 milhões) ganham o direito de livre circulação pelos países da União Europeia. Após seis anos, podem conseguir até mesmo a cidadania portuguesa (e europeia). Os preços de imóveis oferecidos pela Direct variam entre 300 mil e 5 milhões de euros.
Fonte: Folha pe