Em SP, 1 em cada 3 corretores de imóveis não possui registro para exercer a profissão
No estado de São Paulo, o número de pessoas que se passa por corretores para vender imóveis vem aumentando a cada ano e os índices são assustadores. A cada três profissionais, um não tem habilitação para exercer a profissão, segundo levantamento do Sciesp (Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de SP).
A pesquisa tem o objetivo de apurar o número de “pseudos” corretores que atuam no mercado de imóveis. Segundo o presidente do Sciesp Alexandre Tirelli o sindicato tem pressionado órgãos de fiscalização para que as pessoas não sejam enganadas na hora de comprar seu imóvel. “Ter a casa própria é um momento valioso na vida de uma pessoa, é a realização de um sonho. É preciso ter a certeza de que o corretor é um profissional com registro”, diz Tirelli.
Segundo o decreto – lei nº 3.688/41, a pena para a pessoa que exercer a profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce sem preencher as condições pode variar de 15 dias a três meses de prisão.
O objetivo desses falsos corretores nem sempre é o de aplicar golpes. Eles não têm o registro e se intitulam corretores. Porém, inúmeras histórias com final infeliz acontecem. No final do ano passado, o sindicato promoveu uma ação para combater um grupo de pessoas que prometiam crédito fácil. Os interessados em comprar imóveis eram induzidos a utilizar as suas poupanças e fundo de garantias e aguardavam uma carência até o sorteio. Após um ano, o escritório desaparecia com o dinheiro dos investidores. Esses falsos corretores foram presos em flagrante por crime de captação inadequada de poupança popular.
Se eu desconfiar de um corretor, o que faço?
O primeiro passo é certificar que está sendo atendido por um profissional de uma corretora de imóveis. Basta pedir que ele apresente o seu cartão de credenciamento. O sindicato disponibiliza uma credencial anual após o aluno retirar o diploma de um curso semipresencial.
Tirelli explica que o corretor é obrigado a ostentar seu número de registro no crachá e cartão de visitas. “Caso a pessoa que foi procurar esse profissional não localize essa identificação logo de cara de forma espontânea, desconfie. Exija que o corretor se apresente e mostre o cadastro”, alerta o presidente.
Fonte: ZAP Pro