Muitos profissionais abandonaram o trabalho ou trocaram de profissão. Creci de São Paulo recebeu 509 pedidos de cancelamentos de inscrições.
A crise e a queda das vendas no mercado imobiliário fizeram uma profissão entrar em baixa. Desde o ano passado, muitos corretores de imóveis abandonaram o trabalho ou trocaram de profissão.
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo recebeu 509 pedidos de cancelamentos de inscrições de corretores no ano passado, 42% a mais do que no ano anterior. E o número de novas inscrições, que desde 2010 só subia, caiu 5%.
“São pessoas que vieram para a atividade profissional equivocadas que a atividade é fácil, simples, e não é. É muito complicada, muito difícil, e em um momento em que o mercado exige profissionalismo, conhecimento, isso eles não têm. Então o que fazem? Vão embora, porque não conseguem sobreviver na atividade”, diz o presidente do Conselho de Corretores de Imóveis/SP, José Augusto Viana.
Mas se tem gente deixando a profissão, tem também um monte de corretores vivendo do mercado imobiliário. Em uma agência, por exemplo, ninguém diz que a situação é difícil, só “diferente”. A corretora Renata Veronese tem 23 anos de profissão e explica: “Na verdade, o corretor mais antigo de profissão busca o cliente, inclusive fora da imobiliária, resgata o que está fora, traz para dentro, mostra novos negócios”.
Quando a maré voltar a subir, vai ganhar o profissional que aproveitar o momento para ficar melhor. “Hoje, se o profissional espera o cliente sentar e falar o que ele quer, vai ficar muito tempo sentado. Hoje ele precisa saber o que é o bom negócio, conhecer o perfil do cliente e trazer para ele a melhor solução que tem para adquirir o imóvel”, afirma o diretor de imobiliária Sílvio José Gonçalves
Fonte: G1