O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse durante audiência pública que os recursos destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) só duram até junho.
O ministro foi convidado para falar sobre as atividades e objetivos do ministério, e comentou a situação do Minha Casa, Minha Vida: “Hoje a execução está garantida até junho. A partir de junho, se não tiver uma ampliação do nosso limite, nós estaremos inviabilizados de dar continuidade tanto nas obras em execução como novos financiamentos”.
“A situação aqui é emblemática. Estamos trabalhando com um acordo com a Casa Civil, junto com o ministério da Economia, para rever essa situação, para conseguir essa liberação, para que a gente possa caminhar o programa”, acrescentou ele.
Os problemas financeiros enfrentados no MCMV são resultado da queda na arrecadação federal nos últimos anos, gerando robôs bilionários nas contas do governo, reflexo também da crise econômica. Piorando a situação, em março foi preciso bloquear R$29,792 bilhões em gastos do Orçamento 2019.
O Minha Casa, Minha Vida responde por 70% do orçamento do ministério, segundo o ministro. Canuto também salientou a importância do programa, já que em 2018 representou 71% do mercado imobiliário, que ainda enfrenta um déficit de habitações de mais de 7 milhões de moradias.
Crise no programa Minha Casa, Minha vida
As dificuldades financeiras no MCMV são resultado da queda na arrecadação federal nos últimos anos, reflexo da crise econômica. O governo vem registrando rombos bilionários nas suas contas e enfrenta dificuldades para manter investimentos. Para complicar, em março precisou bloquear R$ 29,792 bilhões em gastos no Orçamento de 2019.
De acordo com o ministro, o Minha Casa, Minha Vida responde por 70% do orçamento do ministério. Caputo ainda disse que, atualmente, há 50.221 obras do programam que estão paralisadas.
O ministro ressaltou a importância da manutenção do MCMV, uma vez que em 2018 ele representou 71% do mercado imobiliário. Ele ainda lembrou que o déficit habitacional no Brasil é de mais de 7 milhões de moradias.
No início de março, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) alertou que o governo elevou de 2 dias para 45 dias o prazo para o pagamento das obras do MCMV, após as medições, e que, se a situação não for regularizada, as construtoras podem ser obrigadas a fazer demissões.
Antes, no final de março, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “vai dar para botar algum dinheiro” no programa habitacional neste ano, mas não informou o valor.