O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) vai passar por importantes atualizações que prometem impulsionar o mercado imobiliário brasileiro e beneficiar tanto famílias quanto construtoras.
Entre as principais novidades estão o aumento do limite de renda para adesão ao programa e a elevação do valor máximo dos imóveis financiados. A expectativa do governo é de que as novas regras entrem em vigor até o final de maio de 2025.
O que muda no Minha Casa, Minha Vida
Com as mudanças, o programa passa a atender famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Antes, o limite era de R$ 8 mil. Além disso, o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados também subiu, passando de R$ 350 mil para R$ 500 mil.
Essas medidas ampliam significativamente o público-alvo do programa e fortalecem o poder de compra da classe média, que agora também poderá ser atendida pelo MCMV, por meio da criação de uma nova faixa de renda.
Nova Faixa 4: mais acesso à classe média
O governo anunciou a criação da Faixa 4, voltada para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil mensais. Essa faixa contará com juros reduzidos, a partir de 10,5% ao ano, bem abaixo das taxas praticadas no mercado, e prazo de financiamento de até 420 meses (35 anos).
Segundo o Ministério das Cidades, essa nova faixa poderá beneficiar mais de 120 mil famílias e deve impulsionar diretamente o setor da construção civil, movimentando o mercado de imóveis de médio padrão.
Revisão da Faixa 3 e reforço nos recursos
Outra medida importante é a proposta de ampliação da Faixa 3, que atualmente atende famílias com renda entre R$ 4,7 mil e R$ 8 mil. A previsão é que o limite seja elevado para R$ 8,6 mil.
Em 2024, mais de 207 mil famílias foram beneficiadas pela Faixa 3, com acesso a juros entre 7,66% e 8,16% ao ano e imóveis de até R$ 350 mil. Agora, com o teto reajustado, a tendência é que mais famílias possam financiar imóveis de maior valor com condições especiais.
Para viabilizar as mudanças, o governo destinará parte dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal às Faixas 1 e 2 do programa. O orçamento previsto para o Minha Casa, Minha Vida em 2025 é de R$ 18 bilhões, conforme aprovado pelo Congresso Nacional.
Como ficam as faixas do programa Minha Casa, Minha Vida?
Com a atualização, o Minha Casa, Minha Vida passa a ter quatro grupos de renda:
-
Faixa 1: até R$ 2.850
-
Faixa 2: de R$ 2.851 a R$ 4.700
-
Faixa 3: de R$ 4.701 a R$ 8.600 (em breve)
-
Faixa 4: de R$ 8.001 a R$ 12.000 (nova)
Meta ambiciosa até 2026
De acordo com o Ministério das Cidades, mais de 1,2 milhão de unidades habitacionais já foram contratadas desde a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. A meta do governo federal é chegar a 2 milhões de moradias entregues até o fim de 2026 — número que pode ser superado com o novo impulso dado pelas atualizações.
“Estamos reforçando o Minha Casa, Minha Vida para que ele possa atender a mais brasileiros. Agora a classe média também vai ser beneficiada”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.
O que isso significa para o mercado imobiliário
As mudanças representam uma excelente oportunidade para o setor imobiliário, principalmente para construtoras e incorporadoras que atuam com imóveis populares e de médio padrão. As novas regras ampliam o público comprador e aumentam a liquidez do mercado.
Se você é corretor de imóveis, prepare-se: com mais famílias habilitadas ao crédito, será possível alcançar novos clientes, oferecer imóveis com melhores condições de financiamento e ampliar suas vendas com foco estratégico nas faixas do Minha Casa, Minha Vida.
Leia Também:
Minha Casa, Minha Vida amplia faixa para atender famílias com renda de até R$ 12 mil
Projeto do COFECI pode transformar a profissão de corretor de imóveis
Quer receber as principais dicas e notícias do mercado imobiliário?Participe do nosso grupo do WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/EdeW3zdgBoHB3QUOFkTkyt