O grupo do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Waldenir Bezerra, foi denunciado à representação federal do órgão, o Cofeci, por uso da estrutura administrativa para fins eleitorais.
Com o processo eleitoral em curso, a chapa encabeçada por Waldenir Bezerra, teria utilizado a estrutura do CRECI, com funcionários, para antecipar a coleta de assinatura das 54 pessoas necessárias para composição da chapa.
Bezerra foi procurado por telefone pela reportagem para repercutir o assunto. Não conseguimos contato até a publicação desta matéria.
Representação
O documento foi representado por três membros do CRECI: Paulo Ronaldo Pinheiro, João Francisco Garcia Hernandes e Anderson Pereira Costa. Por telefone, um deles explicou a situação.
“Há uma série de exigências burocráticas para o preechimentos dos requisitos para fazer parte de uma chapa. O grupo da situação passou a preencher as fichas de inscrição antes sequer delas serem publicadas no edital”, detalhou João Hernandes.
“Não se trata de uma questão contra A ou B, mas de oportunidades. Se a chapa que vai fazer oposição tem que correr em 15 dias para pegar certidões para 54 pessoas por que o grupo da situação pode gozar de privilégios?”, questinou Hernandes.
Continuidade
Bezerra é presidente do Creci há 21 anos. As eleições do órgão são caracterizadas por chapa única e a burocracia é um dos fatores que contribuem para isso.
Para se ter ideia, além da idoneidade das 54 pessoas, é preciso provar que empresas às quais estejam associadas também não deva nada aos órgãos de fiscalização e controle. “É praticamente impossível conseguir preencher os requisitos. Se alguém dever uma guia de pagamento à Receita Federal inviabiliza toda a chapa”, explicou Hernandes.
Na esteira do processo de mudanças pelas quais passa o País, corretores de imóveis de todo o Estado tem buscado alterar esse quadro. O assunto chegou até a Câmara dos Deputados, onde o deputado George Solla (PT-BA) afirmou recentemente que chapas de oposição em praticamente todo o Brasil vêm enfrentando impugnações.
Fonte: Blog do BG