Imóvel customizado na planta ajuda a preservar meio ambiente

A customização do apartamento ainda na
planta reduz a produção de detritos com
obras para adequar o imóvel novo ao gosto
do morador, ajudando a preservar o meio ambiente
Foto: Shutterstock

Esqueça a ideia de edifícios residenciais com apartamentos absolutamente iguais empilhados um em cima do outro. Em vez de espaços idênticos, as construtoras oferecem a possibilidade de o comprador customizar os cômodos e a decoração ainda na planta, deixando a residência como quiser. “O cliente só precisa colocar os móveis”, completa Sílvia Amaral, gerente de personal line da Gafisa.

Nesse tipo de empreendimento, a construtora oferece possibilidades de configuração, em que a pessoa escolhe de acordo com suas necessidades. Segundo Maurício Bianchi, vice-presidente de imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), essa prática tem grande viés ambiental. Com a customização, a pessoa não precisa quebrar o apartamento logo depois de entrar, para adequá-lo a seu perfil. “Não aguento passar na frente de um edifício construído há menos de seis meses e ver a rua lotada de caçambas, as pessoas devolvendo à natureza, em forma de entulho, o que foi retirado pouco antes.”

Bianchi conta que essa prática começou no Brasil há cerca de 15 anos, e as empresas, muitas vezes, trabalham com opções para o comprador escolher. Sílvia Amaral diz, por exemplo, que a Gafisa costuma oferecer, em média, cinco kits diferentes de configurações, além de várias possibilidades de acabamento, cujos materiais são renovados a cada seis meses. Existem empreendimentos nos quais o comprador pode escolher livremente tanto a decoração quanto a disposição dos cômodos. Esses casos, no entanto, são restritos aos prédios de altíssimo padrão. Bianchi explica que isso ocorre porque o mercado não tem capacidade de administrar a livre escolha para todas as construções que faz.

Segundo Sílvia Amaral, casais jovens e pessoas solteiras preferem apartamentos mais abertos, com poucos cômodos, só que grandes. Não é preciso, no entanto, temer precisar de mais ambientes no futuro -caso tenha um filho, por exemplo- e não ter paredes. A gerente da Gafisa diz que se podem erguer divisórias, e lembra o baixo custo e a facilidade de se fazer o drywall -feito de gesso. Ela lembra, no entanto, que banheiros são mais difíceis e caros de se modificar depois de construídos, por causa das instalações hidráulicas. Bianchi ressalta, por sua vez, a importância de chamar profissionais com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) para reformar o apartamento.

Por fim, Sílvia Amaral constata que a customização é cada vez mais procurada pelas pessoas, e as construtoras têm aprimorado as opções para atender a essa demanda. “O consumidor está mais exigente, buscando maior satisfação com o produto final”, constata.

Fonte: Terra

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