Déficit habitacional aumenta; moradias precárias diminuem

Utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sindicato da Construção em São Paulo (Sinduscon/SP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) elaboraram levantamento sobre a evolução das carências do mercado habitacional brasileiro, comparando 2009 com 2008.

O resultado mostra que, enquanto o déficit habitacional elevou 0,15%, de 5.799.859 unidades em 2008 para 5.808.547 em 2009, houve queda de 6,8% no número de habitações inadequadas, assim consideradas as moradias improvisadas ou rústicas, especialmente localizadas em favelas. Estas, em 2008, alcançavam 3.780.113 unidades, decrescendo para 3.521.089 em 2009.

Enquanto o déficit habitacional brasileiro mostra crescimento de 0,15%, alguns números regionais mostram altas importantes. Para o Estado do Amazonas o levantamento aponta elevação de 25,4%; Pará, 23,1% e Maranhão, 22,7%. O maior déficit registrado pelo levantamento ocorre em São Paulo, onde a carência alcança 1,127 milhão de moradias, seguido pelo Rio de Janeiro (537.695).

O levantamento traz ainda informações sobre o déficit por coabitação. O número de famílias que convivem em um mesmo ambiente e manifestam o desejo de migrar elevou 12,7%. Em 2008, eram 2.019.746 as famílias em tal situação, crescendo para 2.277.458 em 2009.

Números do Construbusiness 2010 – No documento apresentado durante o 9º Congresso Brasileiro da Habitação (Construbusiness 2010 , segunda-feira, 29, novembro), a evolução do déficit habitacional é apresentada segundo diferentes metodologias e em universo ampliado, em relação à comparação entre 2008 e 2009.

No documento do Construbusiness, a metodologia da Fundação João Pinheiro (FJP) dá conta que, entre 2007 e 2009, o déficit habitacional teve queda de 1,9%, enquanto, para o período, a metodologia do Sinduscon/SP aponta queda de 0,3%.

Ainda de acordo com os dados do Construbusiness, “o ritmo de crescimento demográfico e a trajetória econômica do país levam à formação de 1,326 milhão de novas famílias por ano, na média do período entre 2010 a 2022”.

Para atender a soma das três necessidades – novas famílias, eliminação da precariedade e redução da coabitação, destaca o documento do Construbusiness, devem ser produzidas cerca de 1,8 milhão de moradias/ano. Em resumo, zerar o déficit habitacional brasileiro, nas suas três formas, significa construir 23,5 milhões de moradias, no decorrer de 12 anos.

Fonte: R7/Imovelweb

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