Os erros mais comuns ao adquirir seu imóvel pelo crédito imobiliário.

A aquisição da casa própria ainda é o sonho de muitos brasileiros. Por isso, é necessário ficar atento a todos os gastos que envolvem a compra de um imóvel antes de assinar o contrato.

A compra planejada da casa própria evita que o sonho vire um problema de difícil solução, para isso é preciso buscar informações sobre todas as despesas envolvidas na aquisição. Aí entram até mesmo gastos com a mudança para o imóvel, reformas e impostos.

A maior preocupação de quem vai financiar a compra de um imóvel é o valor da prestação. A dúvida é tão comum, que a Caixa Econômica Federal – principal operadora do Sistema Financeiro da Habitação no País – disponibiliza em seu site um simulador para que o candidato possa ter uma ideia de quanto vai pagar pela parcela do financiamento imobiliário, levando em conta o prazo do financiamento, o montante financiado, o valor do imóvel, sua renda e idade.

A impressão é a de que ter acesso ao financiamento imobiliário e realizar o sonho da casa própria é relativamente simples. No entanto, obter o crédito é apenas uma das etapas e custos relativos à compra da casa própria. O simulador da Caixa e os milhares de corretores de imóveis espalhados pelo Brasil são grandes defensores desta tese. Realmente, tomar um financiamento imobiliário não é um desafio inalcançável – pelo contrário, o crédito habitacional é acessível a grande parte da população. Desde que o interessado possa comprovar renda mensal e tenha o valor mínimo da entrada, é possível financiar um imóvel em praticamente qualquer cidade hoje.

No entanto, além do valor a ser pago de entrada, o futuro mutuário deve ter em mente que terá vários outros gastos com a compra. Em primeiro lugar, se o imóvel a ser adquirido está na planta, ou em construção, é preciso ficar atento ao reajuste do saldo a ser pago no momento da entrega das chaves, o chamado saldo a financiar ou parcela das chaves. Esse reajuste, pode ser feito com base no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e varia mensalmente. Dessa forma, se o imóvel for entregue dois anos após a compra, o saldo a financiar (ou parcela das chaves) será reajustado pelo INCC acumulado nesse período, desde a assinatura do contrato com a incorporador/construtora, até a assinatura do contrato de financiamento imobiliário (com o banco).

O comprador também é responsável pelo pagamento do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), despesas com a aprovação e elaboração do contrato de financiamento imobiliário, certidões negativas e registro do contrato no cartório de registro de imóveis. Assim, ao final, totaliza um valor que corresponde de 4 a 5% do preço do imóvel, sendo esses os custos com a parte burocrática.

Mas não é só! Fora a entrada, o reajuste do INCC (para imóveis em construção) e a parte da documentação, o candidato à casa própria terá gastos com mudança, móveis, iluminação, reforma ou acabamento do imóvel, dependendo do caso. Além disso, débitos com IPTU, condomínio, consumo de água, gás e energia elétrica acompanham o imóvel após a venda. Então, é importante ter certeza de que a unidade não possui débitos em aberto.

Confira alguns cuidados a serem tomados antes de fechar a compra e que ajudam a evitar muitos problemas:

Imóveis prontos

  • Faça uma vistoria minuciosa no imóvel e nas áreas comuns do condomínio, se possível, acompanhado de um profissional habilitado, averiguando o estado de conservação, a metragem e o material de acabamento utilizados.
  • Exija que conste no contrato todos os bens móveis que fazem parte da compra e venda, tais como, armários embutidos, iluminação, etc.
  • Solicite certidões negativas de débitos de IPTU, condomínio, consumo de energia elétrica, água e gás.

Imóveis em construção

  • Peça uma cópia do registro da incorporação imobiliária e da convenção condominial.
  • Solicite uma cópia do memorial descritivo da obra, com o detalhamento do material de acabamento que será utilizado.
  • Guarde todo o material publicitário, contratos e demais documentos relacionados ao empreendimento.

Por Josimel Cândido; e

Mariana Gonçalves

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